31 julho 2013

A QUÍMICA RESPONSÁVEL

 

Evitar ou controlar o impacto causado pelas atividades humanas ao meio ambiente é uma preocupação mundial. Como em muitas outras atividades, a fabricação de produtos químicos envolve riscos. Mas a indústria química, apontada por muitos anos como vilã nas agressões à natureza, tem investido em equipamentos de controle, em novos sistemas gerenciais e em processos tecnológicos para reduzir ao mínimo o risco de acidentes ecológicos. 

 Todo o ciclo de vida de um produto químico é detidamente analisado para evitar qualquer risco ao meio ambiente, mesmo quando a embalagem é descartada pelo consumidor.


 Efluentes e resíduos são tratados até se tornarem inertes. Sofisticados equipamentos de controle ambiental estão em operação em várias empresas. Equipes são constantemente treinadas para atuarem prontamente em caso de acidentes com produtos químicos, evitando riscos ao homem e ao meio ambiente. A indústria química trabalha, investe e pesquisa para jogar limpo com a natureza. 

Um jogo em que todos ganham. 


Fonte:ABIQUIM

29 julho 2013

A QUÍMICA DESENHA O FUTURO



Veículos totalmente recicláveis, construídos com materiais mais resistentes porém mais leves do que o aço. Moradias seguras e confortáveis, erguidas rapidamente e a um custo mais baixo. Produtos que, ao entrar em contato com o solo, são degradados e se transformam em substâncias que ajudam a recuperar a fertilidade da terra. Plantações de vegetais que produzem plásticos. 

Combustíveis de alto rendimento energético e não-poluentes. Medicamentos ainda mais eficazes. Substâncias capazes de tornar inertes os esgotos de toda uma cidade. Recuperação de áreas devastadas por séculos de exploração. Sonhos? Não para a química, uma ciência que constantemente amplia as fronteiras do conhecimento.

 Voltada para o futuro, a indústria química investe grande parte do seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento. Foi a indústria química que, com as fibras sintéticas, permitiu ao setor têxtil ampliar a produção e baratear os preços das roupas. Com os plásticos, foram criadas embalagens que conservam alimentos e remédios por longos períodos, tubos resistentes à corrosão e peças e componentes utilizados pelas mais diferentes indústrias. Isto para ficar apenas em alguns exemplos. Da mesma forma, será a indústria química que facilitará ao homem desenvolver processos e materiais que lhe permitirão assegurar alimento, moradia e conforto às novas gerações. 
 
Muito do futuro do homem e do planeta está sendo desenhado hoje pela química.
 
Fonte:ABIQUIM

27 julho 2013

A QUÍMICA DOS NOVOS MATERIAIS

 
Um dos principais ramos industriais da química é o segmento petroquímico. A partir do eteno, obtido da nafta derivada do petróleo ou diretamente do gás natural, a petroquímica dá origem a uma série de matérias-primas que permite ao homem fabricar novos materiais, substituindo com vantagens a madeira, peles de animais e outros produtos naturais. 


O plástico e as fibras sintéticas são dois desses produtos. O polietileno de alta densidade (PEAD), o polietileno de baixa densidade (PEBD), o polietileno tereftalato (PET), o polipropileno (PP), o poliestireno (PS), o policloreto de vinila (PVC) e o etileno acetato de vinila (EVA) são as principais resinas termoplásticas. Nas empresas transformadoras, essas resinas darão origem a autopeças, componentes para computadores e para as indústrias aeroespacial e eletroeletrônica, a garrafas, calçados, brinquedos, isolantes térmicos e acústicos ...enfim, a tantos itens que fica difícil imaginar o mundo, hoje, sem o plástico, tantas e tão diversas são as suas aplicações.

 

  Os produtos das centrais petroquímicas também são utilizados para a produção, entre outros, de etilenoglicol, ácido tereftálico, dimetiltereftalato e acrilonitrila, matérias-primas para a produção dos fios e fibras de poliéster, de náilon, acrílicos e do elastano. As fibras sintéticas, em associação ou não com fibras naturais como o algodão e a lã, são transformadas em artigos têxteis e em produtos utilizados por diferentes indústrias, como a de pneumáticos, por exemplo.


 E, a cada dia, surgem novas aplicações para as fibras sintéticas e para as resinas termoplásticas. Resultado: maior produção, menores preços e maior facilidade de acesso da população aos bens de consumo, gerando mais qualidade de vida.

 
Fonte:ABIQUIM

23 julho 2013

A Química do dia-a-dia

A química nos acompanha 24 horas por dia. 


Ela está presente em praticamente todos os produtos que utilizamos no dia-a-dia. Do sofisticado computador à singela caneta esferográfica, do possante automóvel ao carrinho de brinquedo, não há produto que não utilize matérias-primas fornecidas pela indústria química.
  Teclados, gabinetes e disquetes dos computadores, para ficar apenas em alguns exemplos, são moldados em resinas plásticas.


 No automóvel, há uma lista enorme de produtos de origem química: volantes, painéis, forração, bancos, fiação elétrica encapada com isolantes plásticos, mangueiras, tanques de combustível, pára-choques e pneus são apenas alguns desses itens. 



A maioria dos alimentos chegou às nossas mãos em embalagens desenvolvidas pela química. Em nossas roupas, há fibras sintéticas e corantes de origem química. 



Em nossa casa, há uma infinidade de produtos fornecidos, direta ou indiretamente, pela indústria química: a tinta que reveste as paredes, potes e brinquedos em plástico, tubos para condução de água e eletricidade, tapetes, carpetes e cortinas. 


Isso sem falar nos componentes químicos das máquinas de lavar roupas e louças, na geladeira, no microondas, no videogame e no televisor. Nos produtos que utilizamos em nossa higiene pessoal e na limpeza da casa também podemos perceber a presença da química. É só prestar atenção. 


Nosso cotidiano seria realmente muito mais difícil sem a química.
 É para ajudar o homem a ter mais saúde, mais conforto, mais lazer e mais segurança que a indústria química investe dia-a-dia em tecnologia, em processos seguros e no desenvolvimento de novos produtos. O resultado é o progresso.

Fonte:ABIQUIM

20 julho 2013

A QUÍMICA DA SAÚDE

A química está presente em praticamente todos os medicamentos modernos

Sem ela, os cientistas não poderiam sintetizar novas moléculas, que curam doenças e fortalecem a saúde humana. Mas a aplicação da química vai além dos medicamentos. Ela cerca o homem de outros cuidados que prolongam e protegem a vida. Fornecedor de uma quantidade fantástica de produtos básicos para outras indústrias, o setor químico também desenvolveu matérias-primas específicas para a medicina.

 Válvulas cardíacas, próteses anatômicas, seringas descartáveis, luvas cirúrgicas, recipientes para soro, tubos flexíveis e atóxicos e embalagens para coleta e armazenamento de sangue são apenas alguns dos exemplos dos produtos de origem química que revolucionaram a medicina.

Hospitais, clínicas, laboratórios, enfermarias e unidades de terapia intensiva têm na química uma parceira indispensável. Os modernos equipamentos utilizados em cirurgias ou diagnósticos foram fabricados com matérias-primas químicas.

 Avançados desinfetantes combatem o risco de infecções. Reagentes aceleram o resultado de exames laboratoriais. 


Na medicina, mais do que em qualquer outra atividade, fica patente que química é vida.





Fonte: ABIQUIM

18 julho 2013

A Química que Alimenta

Como alimentar uma população em constante crescimento sem esgotar os recursos naturais do solo?

 A resposta é dada pela química. 



É através de produtos químicos que se fertiliza a terra, conservando e aumentando o seu potencial produtivo. A reposição de elementos como o nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio, entre outros, retirados pela ação de chuvas, ventos, queimadas e constantes colheitas, é fundamental para manter a produtividade da terra. Sem os fertilizantes químicos, áreas esgotadas ou impróprias à agricultura teriam sido abandonadas, com consequente queda na produção de alimentos.

 Mais: novas áreas agrícolas teriam de ser abertas, reduzindo as reservas de matas e florestas. Também os defensivos químicos têm um importante papel nessa tarefa. Com eles, o agricultor garante a qualidade dos alimentos, a produtividade das plantações e evita a disseminação de doenças. 

Na pecuária, os medicamentos veterinários preservam a saúde dos rebanhos, evitam epidemias e aumentam a produtividade.


 A química, como se vê, é fértil em soluções que possam ajudar o homem a vencer o fantasma da fome.





Fonte: ABIQUIM

17 julho 2013

QUÍMICA: CIÊNCIA SEMPRE PRESENTE



A química está na base do desenvolvimento econômico e tecnológico. Da siderurgia à indústria da informática, das artes à construção civil, da agricultura à indústria aeroespacial, não há área ou setor que não utilize em seus processos ou produtos algum insumo de origem química. 





Com alto grau de desenvolvimento científico e tecnológico, a indústria química transforma elementos presentes na natureza em produtos úteis ao homem. 
 Substâncias são modificadas e recombinadas, 
através de avançados processos, para gerar matérias-primas que serão empregadas na formulação de medicamentos, na geração de energia, na produção de alimentos, na purificação da água, na fabricação de bens como automóveis e computadores, na construção de moradias e na produção de uma infinidade de itens, como roupas, utensílios domésticos e artigos de higiene que estão no dia-a-dia da vida moderna.
 
Fonte: ABIQUIM

16 julho 2013

A Química da água pura




Há algo mais importante do que a saúde? Tente pensar em algo. Dinheiro? Bem, todo mundo quer dinheiro. Se possível, muito dinheiro. Mas você trocaria sua saúde por dinheiro? Amor, paz, felicidade, conhecimento, progresso profissional... nada vale mais do que a saúde e, ao mesmo tempo, tudo depende dela.


A Química sabe muito bem disso e trabalha constantemente para desenvolver produtos que preservem e fortaleçam a nossa saúde. E isto não se refere apenas a produtos que têm claramente esta finalidade, como os medicamentos ou os suplementos vitamínicos. Há muitos outros que há anos vem reduzindo os riscos à saúde humana sem que muita gente reconheça esse mérito. No tratamento da água, por exemplo, são utilizados diversos produtos químicos para garantir que esse líquido essencial à vida chegue até nós livre de impurezas e microorganismos. O cloro é um deles. Este produto químico inorgânico, com tantas aplicações na indústria (ele participa em vários processos de produção de matérias-primas) é também um dos principais agentes bactericidas utilizados no tratamento de água para consumo humano. Sem o cloro, seria muito difícil garantir o abastecimento de água pura, livre, por exemplo, do vibrião da cólera e de coliformes fecais, para pequenas, grandes e médias cidades.


Mas você pensa que essa participação pára por aí? Pergunte a qualquer dona de casa qual é um dos produtos com características desinfetantes mais utilizado nos lares: a água sanitária. Aliás, hipoclorito de sódio. Solução com baixa concentração de cloro, este produto desenvolvido em 1820, além de alvejante, tem alta eficiência na eliminação de microorganismos. Tanto que o hipoclorito de sódio também é indicado para a lavagem de verduras e legumes. Isto mesmo. Basta dissolver uma quantidade mínima na água que será utilizada na lavagem desses alimentos para garantir uma eficiente higienização. Quer mais? Lembre-se das crianças brincando na piscina. Aquela água límpida, refrescante, é mantida assim graças à aplicação de diversos produtos químicos, entre os quais, muito provavelmente, estará o cloro. Por razões óbvias. Afinal, todos sabem que a coisa mais importante neste mundo é a saúde. O resto vem depois.

Texto: Luiz Carlos de Medeiros ( MTb: 12.293)
Fonte:ABIQUIM 

14 julho 2013

A Química que lava roupa suja


Calma! Não é essa a "roupa suja" que você está pensando.

 A química, infelizmente, não pode ajudar nesses casos. Mas, quando se trata da prosaica roupa nossa de cada dia, tenha certeza, é a química que garante o seu retorno, limpa e cheirosa, para um novo uso. E ela não está presente apenas nos sabões em pó, alvejantes, amaciantes ou outros produtos utilizados em todos os lares na lavagem das roupas que nos ajudaram a ganhar mais um dia. A química, na verdade, participa de todo o processo, facilitando e tornando mais rápida essa tarefa tão importante e necessária.

Você imaginaria, por exemplo, que a máquina de lavar roupa é, em sua essência, um produto de origem química? Difícil, não? Pois é. Observe os diversos modelos de máquinas existentes no mercado. O plástico, de origem química, está presente em todas as versões. Em algumas, a tampa é produzida com polipropileno, ou simplesmente PP. Em outras, com copolímero à base de acrilonitrila, estireno e acrilato, ou ASA, um produto recentemente desenvolvido pela química. Na maioria, o cesto interno foi produzido em polipropileno, as engrenagens em poliacetal, os conectores elétricos com poli (tereftalato de butileno), ou PBT, e o dispenser (o recipiente onde se coloca o amaciante) em ABS (copolímero de acrilonitrila, butadieno e estireno). Os fios são revestidos por PVC. As mangueiras, na grande parte dos casos, também foram construídas com PVC e o náilon pode estar equipando sua máquina para reduzir ruídos. Há, ainda, as tintas e óleos lubrificantes utilizados nas máquinas de lavar, produtos também gerados pela química.

Você, muito provavelmente, já parou para pensar na evolução dessas verdadeiras auxiliares domésticas que são as máquinas de lavar roupa. Antes enormes e barulhentas, propensas com alguns anos de vida à oxidação e com reduzida capacidade, hoje são mais silenciosas, mais leves, mais compactas. Graças, é claro, à química, que desenvolveu produtos que revolucionaram processos e substituíram, com vantagens, outros materiais. Mas você tem razão: para que se preocupar com isso, justamente agora que sua esposa pode simplesmente apertar um botão para lavar aquele monte de roupa suja e dedicar todo o tempo a você? O melhor mesmo é aproveitar esses momentos preciosos e deixar a química fazer o resto. Afinal, ela está aí para isso mesmo: desenvolver novos materiais e produtos para melhorar a nossa vida. Portanto, relaxe.

Texto: Luiz Carlos de Medeiros ( MTb: 12.293)
FONTE: ABIQUIM

12 julho 2013

A roupa da Química!

 


 Não se assuste. Mas é bom que você saiba que sua roupa está impregnada de petróleo. E também que há uma série de produtos químicos cobrindo o seu corpo. Calma. A não ser que você seja uma pessoa extremamente radical e se vista apenas com produtos naturais, como folhas e penas (vestimenta que, convenhamos, pode até lhe cair muito bem, mas só no carnaval), é natural, com a licença do poeta, que seja assim. Mesmo porque dificilmente haveria penas e folhas para vestir todo o mundo.


Vamos estabelecer o fio dessa história. Com a nafta, extraída do petróleo ou do gás natural, as indústrias petroquímicas geram diversos produtos como o etilenoglicol, o ácido tereftálico, o dimetil tereftalato, a acrilonitrila, a adiponitrila e a caprolactama. São esses produtos com nomes difíceis de pronunciar que vão dar origem aos fios e fibras de poliéster, à poliamida - mais conhecida como náilon, à fibra acrílica e ao elastano. Essas fibras, por sua vez, misturadas ou não a fibras naturais como o algodão e a lã, vão permitir a produção de tecidos mais resistentes, mais elásticos, com melhor caimento e com melhor estabilidade de forma.

A produção de fibras sintéticas é relativamente recente mas gerou uma verdadeira revolução no modo do homem se vestir. As meias femininas, por exemplo, que moldam e protegem as pernas, com a vantagem de não escondê-las e torná-las mais insinuantes, são fabricadas com fibras sintéticas. A maciez ao toque das peças de lingerie é garantida pelas fibras sintéticas. Repare nas roupas utilizadas na ginástica aeróbica: elas "colam" no corpo, mas o tecido é resistente e ao mesmo tempo elástico, dando liberdade de movimentos ao atleta. Essas qualidades são proporcionadas pelas fibras sintéticas.


Mas não é só em sua roupa que você se deparará com as fibras sintéticas e artificiais. Elas também estão presentes nos sofás, nos carpetes e tapetes, em autopeças, nos lençóis, nas toalhas de mesa, nos pneus e nos estofamentos de automóveis, na pelúcia, nas cortinas e em muitos outros itens. E tudo isso tem origem na Química. Que, aliás, também fornece os corantes e pigmentos que dão cores alegres, brilhantes, opacas ou neutras aos fios e fibras que criam a moda. Da próxima vez, portanto, não se espante quando alguém lembrá-lo de que há petróleo em sua roupa. É natural que seja assim.

Texto: Luiz Carlos de Medeiros ( MTb: 12.293)
Fonte: ABIQUIM

09 julho 2013

Com a Química no automóvel

Ao acionar a chave do seu carro, confortavelmente sentado no banco de poliuretano expandido, que foi recoberto por um bonito e resistente tecido de poliéster, você está colocando em movimento o resultado de anos e anos de pesquisa tecnológica, e que tem na Química uma das principais razões do seu sucesso.







Aminas poliméricas, polialquileno, glicol e éster de poliolefina, adicionados à gasolina, limpam o carburador ou os bicos injetores e inibem a corrosão. Motor ligado, é só partir para mais um dia de trabalho ou de lazer. Talvez seja difícil perceber que o rodar macio do seu carro é garantido pelo estireno e o butadieno, utilizados na fabricação de pneus. 

Ops... uma poça de água suja! Não se preocupe. Seu carro recebeu um tratamento anticorrosão com produtos químicos para evitar o surgimento de pontos de ferrugem que poderiam estragar a bonita cor do seu carro, obtida, aliás, graças aos pigmentos e solventes que entram na formulação de tintas utilizadas pelas montadoras. Você está com razão: é preciso cuidar melhor do meio ambiente. Seu carro, por exemplo, está equipado com catalisadores químicos que reduzem a emissão dos poluentes pela combustão.


Cuidado, o semáforo fechou. A parada é garantida pelo fluído de freio, um composto químico que tem entre seus componentes poliglicois boratados e aditivos. É ele que aciona hidraulicamente os componentes do sistema de frenagem. Sem ele, seria metal contra metal. Dá para imaginar o barulho e o desgaste? Relaxe. Talvez seja melhor ligar o rádio, devidamente fixado no painel pré-moldado em poliuretano revestido em ABS, polipropileno ou outro dos inúmeros polímeros desenvolvidos pela Química. 

Você nem desconfia, mas no próprio motor do seu carro há peças de origem química, como engrenagens de poliamida (o popular náilon), produto também empregado nos recipientes e dutos para arrefecimento do motor. E por falar em refrigeração, você já se perguntou como, mesmo com o trânsito parado e o calor intenso, o motor não esquenta demais? É um produto químico, o polipropilenoglicol, adicionado à água do radiador que evita esse transtorno. Sem ele, muito possivelmente ainda estaríamos vivenciando cenas que hoje só lembramos ao assistir antigos filmes do gênero pastelão: o radiador fervendo e o motorista correndo em volta do carro sem saber o que fazer.


A Química embarcada em um veículo realmente impressiona. O tanque de combustível, antes feito em aço, é moldado em polietileno de alta densidade, o que o tornou mais seguro, mais leve e eliminou o risco de corrosão. Os pára-choques podem ser feitos em polipropileno. Lanternas, graxas, mangueiras de combustível, borrachas, bateria, bancos, forração do teto, carpetes e tapetes, vidros laminados, console, molduras e puxadores das portas, adesivos, air-bags... a lista é enorme e seria ainda maior com a inclusão de outros produtos químicos que também podem ser utilizados na fabricação desses componentes e peças.


A indústria automobilística utiliza, cada vez mais, produtos de origem química na substituição de outros materiais. Com isso consegue peças mais resistentes, mais leves e duráveis, o que representa economia para você. A participação de produtos químicos na montagem de um veículo cresceu tanto e abriu tantas possibilidades que já há projetos para a construção de carros quase que totalmente recicláveis. Como você pode ver, o automóvel, um dos maiores símbolos da sociedade moderna, está cada vez mais leve, mais econômico, mais bonito, mais seguro — e cada vez mais químico.


Texto: Luiz Carlos de Medeiros ( MTb: 12.293)
Fonte:ABIQUIM

06 julho 2013

A Química do seu escritório

Sentado sobre o produto de uma reação de poliol com diisocianato de tolueno, revestida por um tecido de poliéster tingido com antraquinona, uma pessoa comum dificilmente notaria o quanto a Química está presente em seu redor. Imaginar que o conforto da espuma do assento e que a beleza da cor de seu revestimento sejam conseqüências de processos químicos é uma atitude ainda muito distante da maioria das pessoas. Quando se fala em Química, as imagens que vêm à mente são de altíssimas torres de aço, laboratório produzindo líquidos esquisitos, nomes estranhos e substâncias perigosas.

Mas no dia-a-dia de um escritório, por exemplo, a Química está em quase todos objetos contidos entre as paredes. A começar por elas mesmo, que muito provavelmente são revestidas com tinta látex. Formulada a partir do poli (acetato de vinila), o PVA, a tinta mais consumida na decoração de interiores contém outros importantes ingredientes químicos, como os pigmentos que garantem o tom colorido e as substâncias adesivas para a sua fixação.

O papel, que, aos poucos, vai sendo substituído pelo computador (que, por sua vez, é 80% química e 20% metal), deriva da pasta de celulose, adicionada ao silicato de sódio e tratada com ácido fumárico, produto do anidrido maléico. Ela é alvejada com hipoclorito de cálcio ou clorato de sódio. O "toner" da copiadora, por sua vez, é negro-de- fumo e a caneta não passa de um tubo de pigmentos orgânicos envolvidos numa "casa" de poliestireno ou policloreto de vinila (PVC).

Já o porta-lápis é, geralmente, uma resina acrílica moldada, enquanto a mesa é de madeira revestida de terebintina, presente na fabricação dos vernizes, ou, quem sabe, revestida com um laminado melamínico. Os pés são de metal. Mas o metal foi fundido com o auxílio de resinas furânicas, para a fabricação dos moldes, polido com ácidos abrasivos e revestidos por uma camada protetora de níquel ou cromo, gerada por processo eletrolítico.

Pausa para o café - Para beber um cafezinho, é bom se certificar de que a água foi tratada com cloro ou oxigenação. O copinho é de poliestireno, de polipropileno ou outro plástico. Ao saborear o café, nada como apreciar a paisagem pelas janelas de vidro, cuja transparência foi obtida através do hidróxido de cério. Transparência que é mantida por meio de uma limpeza cotidiana usando-se detergentes compostos com ácidos graxos e cloro.

A lista é enorme: clips, fax, quadros, dutos de água, ar condicionado.... Talvez seja impossível identificar que parte do seu escritório pode dispensar a Química. E se você não costuma pensar nela enquanto trabalha, sorte do seu trabalho, porque a Química está sempre pensando em como lhe proporcionar um local seguro, confortável e produtivo para você trabalhar.
Celso Miranda.
Colaborou: Prof. José Atílio Vanin,
Instituto de Quimica - QSP.I

Fonte:ABIQUIM

04 julho 2013

Os ritmos do paladar


Pesquisa constata que gêneros musicais contribuem para ampliar ou reduzir a aceitação dos alimentos

  
 O senso comum aceita sem maiores dificuldades a ideia de que a música tem a capacidade de acalmar ou excitar as pessoas. Não por outra razão, os casais costumam escolher canções de amor e não rock pesado para embalar um jantar romântico. O que pouca gente ainda concebe é que a música também pode influenciar nas respostas dos consumidores frente a produtos alimentícios. Pesquisa desenvolvida para a dissertação de mestrado de David Wesley Silva, defendida na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, constatou que músicas romântica e clássica podem contribuir para ampliar o grau de aceitação de um alimento, enquanto o rock e o chorinho podem exercer efeito contrário. O trabalho, inédito na FEA, foi orientado pela professora Helena Maria André Bolini.

estudo desenvolvido por Silva, que é graduado em Música [Composição] pela Universidade de São Paulo (USP), foi dividido em duas partes. Na primeira, ele superou um desafio tecnológico que consistiu no desenvolvimento de um minibolo com características especiais. O pesquisador extraiu da receita tradicional a farinha de trigo, o açúcar, o ovo e o leite, de modo que o alimento pudesse ser consumido por celíacos, diabéticos e vegetarianos, além de pessoas preocupadas em manter uma dieta mais saudável. No lugar desses ingredientes, ele adicionou milho, biomassa (polpa de banana verde), edulcorantes (adoçantes: sucralose e estévia), amêndoa e coco.

AUDIÇÕES

Após superar o desafio tecnológico, o autor da dissertação partiu, então, para investigar a eventual influência da música sobre a preferência dos provadores. Como dito anteriormente, ele optou por submeter esses degustadores à audição de quatro diferentes gêneros instrumentais (rock, chorinho, música clássica e música romântica). Os participantes dos testes sensoriais também consumiram os minibolos em ausência de música. Segundo Silva, os estilos rock e chorinho provocaram notas de menor aceitação em determinados atributos dos alimentos por parte dos provadores, e esse impacto variou entre as 6 formulações do minibolo. “No caso do chorinho, nossa hipótese é de que ele exerce esse tipo de influência por ser agitado e ao mesmo tempo nostálgico. No caso do rock, há também a questão da agitação. Em comum, os dois gêneros apresentam padrões rítmicos enfatizados sobre os outros elementos musicais [melodia, harmonia, etc], o que pode desviar a atenção do provador. Relacionamos também estudos que apontam para uma atuação fisiológica no sistema nervoso, o que pode influenciar a resposta sensorial.”, arrisca o autor da dissertação.


Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/ju/567/os-ritmos-do-paladar

Fórmula retarda embranquecimento do chocolate ao leite

Pesquisadora da FEQ substitui
gordura do leite por estearina


 


O chocolate ao leite pode ficar esbranquiçado, sem brilho, com a aparência envelhecida e nada apetitoso. Muitos acreditam que o produto nestas condições está estragado ou com fungos, mas, na verdade, trata-se de um fenômeno ainda não muito esclarecido e que os especialistas na área de alimentos chamam de fat bloom. O problema ocorre quando a gordura migra do interior do chocolate e cristaliza-se novamente na superfície, dando outro aspecto ao produto e interferindo na sua qualidade. Evitar ou retardar o fat bloom é do maior interesse da indústria, sobretudo em um país como o Brasil. O clima tropical e o imenso território resultam em condições adversas de transporte e armazenamento que, por sua vez, desencadeiam o fenômeno, já que o chocolate precisa ser mantido a uma temperatura estável de 20 graus centígrados.

Para chegar à estearina, Élida desenvolveu outras etapas da pesquisa. “A gordura de leite é considerada a mais complexa da natureza, sendo muito difícil trabalhar com ela. Portanto, industrialmente, torna-se inviável devido à sua inadequada plasticidade, baixa resistência térmica e pouca consistência”, observa. A pesquisadora acrescenta que normalmente a indústria de alimentos utiliza a gordura do leite in natura. “Alguns estudos sobre fracionamento térmico de gordura de leite são encontrados na forma de patentes e, muitas vezes, o processo exige equipamentos mais sofisticados e, consequentemente, mais caros. Ademais, o crescimento e a maturação dos cristais são lentos e o processo de fracionamento térmico requer um tempo muito longo”, justifica. Com os experimentos, Élida conseguiu acelerar a obtenção da estearina em até 37%.

INOVAÇÃO

A utilização do chocolate ao leite foi uma forma de demonstrar a aplicação da estearina. O objetivo anterior da pesquisa de Élida foi o de obter a fração por meio de um processo de fracionamento térmico baseado em um planejamento experimental, com a intenção de identificar quais as condições de processo adequadas para obter a fração mais dura. A estearina, que seria esta parte mais “dura” da gordura, se separa da oleína, que é a parte mais mole, ou macia.

Pesquisas serão tema de workshop

O trabalho de Élida integra o sub-projeto sobre aplicações, no temático da Fapesp, cujo objetivo é estudar óleos e gorduras em relação a sua modificação, comportamento de cristalização e polimorfismo, com especial atenção na manteiga de cacau e no óleo de palma. Em grande parte dos alimentos, a cristalização de gorduras é um parâmetro crítico que influencia na estabilidade de produtos processados. O projeto propõe métodos para modificação, controle e estabilização da cristalização e das transições polimórficas destas matérias-primas.

Extrato da casca da jabuticaba prolonga a vida de probióticos

Composto com ação antioxidante foi empregado em produtos como queijos e iogurtes

 

Pesquisadores da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp obtiveram um extrato natural a partir da casca da jabuticaba, fruta nativa e abundante no país, bastante cultivada em pomares domésticos. O composto bioativo foi utilizado em alimentos com probióticos, como queijos petit suisse e iogurtes, desenvolvidos especificamente para o estudo. A utilização do extrato da jabuticaba nestes produtos possibilitou dois benefícios: aumento da sobrevida dos microrganismos probióticos e ação antioxidante natural, benéfica para a saúde.

Alimentos com probióticos são aqueles que possuem organismos vivos capazes de ajudar a manter o equilíbrio intestinal quando consumidos adequadamente. Entre os principais produtos, também considerados funcionais, estão alguns tipos de queijos, iogurtes e bebidas lácteas. Já os alimentos com função antioxidante natural retardam a formação de radicais livres no organismo, que podem causar o envelhecimento precoce e doenças degenerativas.


Naturais x sintéticos
A indústria alimentícia faz largo uso de antioxidantes sintéticos para aumentar a vida útil dos seus produtos, explica Maria Angela Meireles. Só que, ao contrário dos naturais, eles podem estar associados a malefícios à saúde.







Situações

Os resultados da interação dos probióticos com o queijo e o iogurte se mostraram mais favoráveis em duas situações: o extrato foi eficiente para prolongar a vida do Bifidobacterium no iogurte e do Lactobacillus no petit suisse.

“O objetivo da utilização do bioativo foi manter os microrganismos vivos por mais tempo para que, quando o produto for ingerido, ele tenha a sua ação desejada”, complementa Maria Angela Meireles. Nestas duas situações o extrato manteve os microrganismos vivos durante 30 dias, tempo considerado apropriado para estes tipos de alimentos.

 FONTE: http://www.unicamp.br/unicamp/ju/553/extrato-da-casca-da-jabuticaba-prolonga-vida-de-probioticos


A Química dos bytes





Insira o policarbonato no drive de CD-ROM. Tecle o comando de ABS. Aguarde longos nanosegundos enquanto a mensagem percorre circuitos e chips de sílica tratada quimicamente. Pronto. Na tela do monitor, protegido pelo gabinete fabricado com resinas termoplásticas e pelo vidro cuja transparência foi obtida com a participação do hidróxido de cério, surge a informação que você buscava. 

Dados checados, alterações realizadas, é hora de imprimir o trabalho. Um novo toque no ABS e entram em ação os corantes, nitratos, solventes e o pentanodiol, que constituem a tinta da impressora, normalmente envasada em um tubo de polipropileno ou de polietileno de alta densidade. Aos poucos, no papel fabricado com celulose branqueada pela ação do peróxido de hidrogênio e compostos de cloro, toma forma o resultado dessa ação, cada vez mais comum em escritórios e residências.



 
Embora a linguagem da informática seja outra, muitas das operações realizadas com o auxílio dos microcomputadores poderiam ser descritas dessa forma. Os produtos químicos são fundamentais para a informática. A começar pelo fato de que, sem eles, muito provavelmente os computadores domésticos ainda estariam no terreno da ficção científica. Entre outros fatores, foram produtos desenvolvidos pela Química que possibilitaram a fabricação dos microcomputadores, tornando-os acessíveis a um maior número de consumidores.


É compreensível que, para os usuários da informática, assim como para a maioria dos consumidores, a tecnologia química não seja tão visível. No entanto, não é difícil perceber como os recursos da Química têm impulsionado conquistas da vida moderna. Basta, por exemplo, perguntar com que material seriam fabricados os disquetes se não existissem as resinas termoplásticas. Ou saber que o tonner utilizado nas modernas impressoras a laser é um composto de copolímero estireno acrilato, negro-de-fumo, polipropileno e óxido de ferro. Há muitas outras "mágicas" da informática que seriam apenas ilusões sem a Química. O scanner, por exemplo, capaz de capturar imagens, digitalizá-las e permitir que elas sejam armazenadas na memória do computador é, basicamente, um produto plástico. No casulo do mouse há uma esfera, perfeita, produzida com borracha sintética. Como se vê, a presença da Química, ainda que velada, é essencial para facilitar o dia-a-dia das pessoas, inclusive no campo da informática.


Texto: Luiz Carlos de Medeiros ( MTb: 12.293)
Fonte:ABIQUIM

03 julho 2013

Com a química no chão!

Ops! Antes que você confunda "adipato de dioctila" com "a do pato do dia", é bom ressaltar que a Química, base de inúmeras atividades, está presente em lugares que poucos imaginariam – inclusive no chão nosso de cada dia. Hoje, querendo ou não querendo, pisar na Química virou praticamente uma necessidade. Em casa, no escritório e até mesmo na rua, lá está a Química, aos nossos pés, oferecendo proteção, beleza e segurança.
    










Olhe para o chão. O piso é acarpetado? Então, muito provavelmente, você está pisando em náilon, que tem como matérias-primas para sua produção a adiponitrila ou a caprolactama, que apesar do nome, sempre é bom ressaltar, não tem nada a ver com leite de cabra. De volta ao chão, ou melhor, ao carpete, que também pode ter sido fabricado com polipropileno, outra das fibras sintéticas desenvolvidas pela petroquímica. Ah! Você prefere assoalhos? Pois saiba que sem as resinas termofixas fornecidas pela Química para a produção, por exemplo, do verniz, esse brilho que o orgulha jamais seria obtido. Agora, se no local onde você está o piso é plástico, é quase certo que debaixo dos seus pés está o poli (cloreto de vinila), também conhecido como PVC.

Vamos caminhar um pouco mais. Você já parou para pensar que, sem o auxílio da Química, muitas disputas esportivas teriam de ser adiadas? É isso mesmo. Em muitas quadras e campos, lá está a Química, coladinha no chão, numa imitação quase perfeita da natureza. Correto: os gramados sintéticos, produzidos em polietileno ou polipropileno, são mais uma das aplicações práticas da Química.

Há outras ocasiões, porém, em que não é tão fácil reconhecer a presença da Química. Quem teve a oportunidade de viajar pela Linha Verde, que margeia o litoral sul da Bahia, certamente nem desconfiou que um tipo muito comum de plástico, o poliestireno expandido, está embaixo do asfalto, sustentando vários trechos da estrada. Brincadeira? Claro que não. O emprego de poliestireno expandido na construção de estradas é uma técnica relativamente recente que apresenta várias vantagens. Entre elas, o menor desgaste do asfalto. E por falar em estrada, olhe só quem está bem no meio da pista, sinalizando para você: é isso mesmo, a nossa incansável amiga, a Química, mostrando as curvas, indicando a direção e os pontos de ultrapassagem, por meio dos pigmentos e solventes que compõem a tinta branca ou amarela das faixas. É, como você já percebeu, é muito bom ter a Química como companheira, inclusive no chão.

Texto: Luiz Carlos de Medeiros ( MTb: 12.293)
FONTE: ABIQUIM

02 julho 2013

A Química que atrai


As relações biológicas não são sempre cheias de agentes conflituosos pautados em uma constante corrida para a produção de substâncias antipredação, repelência ou imunização. Na realidade, a grande diversificação das plantas com flores (Angiospermas) só foi possível graças à interação com os animais, em especial, com os insetos. Como não se deslocam, não podem buscar parceiros para se acasalar. Em geral, as plantas utilizam alguns produtos naturais que permitem a atração de animais que irão, então, realizar a tarefa de transportar o pólen até outras plantas, ou depositar as sementes em outros locais. Dessa forma, é possível que a fecundação cruzada – fecundação entre indivíduos diferentes - ocorra frequentemente.

Assim, as plantas com flores transcenderam a sua condição de organismo séssil e se tornaram tão móveis quanto os animais. Isso tudo só foi possível graças a uma infinidade de substâncias químicas que surgiram durante todo o processo evolutivo, e que permitiram a atração dos animais às estruturas reprodutivas das plantas em troca de uma valiosa moeda: o néctar. Sua composição é rica em açúcares, o que o torna de alto valor energético; além disso, muitas vezes estão acompanhados de aminoácidos, vitaminas, antioxidantes e toxinas, capazes de repelir os oportunistas indesejáveis.

Várias mudanças evolutivas importantes se seguiram. Por exemplo, plantas que produziam tipos especiais de alimentos para os visitantes poderiam ter vantagens seletivas. Nesse sentido, o desenvolvimento de nectários florais foi uma grande vantagem, fornecendo um arsenal de odor, sabor e energia interessante para os visitantes. As abelhas, o grupo de visitantes mais importante das flores, são responsáveis pela polinização de mais espécies de plantas do que qualquer outro grupo de animais. Elas se alimentam de néctar e coletam pólen para alimentar as larvas. Possuem partes bucais, pelos e outras estruturas do corpo adaptadas à coleta e ao transporte de pólen e néctar (Figura ).

 

Abelha melífera e borboleta atraídas para as flores em busca de néctar
e pólen. A cor púrpura exemplifica a influência direta na atração


As flores polinizadas por animais que são capazes de enxergar cor
apresentam, geralmente, coloração intensa. Assim, é comum que as flores
polinizadas por abelhas sejam azuis ou amarelas, enquanto que as polinizadas por aves sejam vermelhas.

São os pigmentos que dão cor às flores. Muitas flores vermelhas,
alaranjadas ou amarelas devem suas cores à presença de pigmentos
carotenoides, compostos do grupo dos terpenoides que se encontram nos
plastídeos. No entanto, os mais importantes pigmentos são os flavonoides, compostos fenólicos abundantes em flores. Já as antocianinas são os principais determinantes da coloração vermelha ao azul. Elas são compostos fenólicos que,devido a sua característica polar, se solubilizam em água e interagem com íons e outros constituintes, o que favorece uma vasta gama de cores nas flores.

Um mesmo pigmento dessa natureza pode apresentar cores diferentes,
dependendo do pH no qual ele se encontra. A cianidina (Figura 24), um composto dessa classe, é vermelha em solução ácida, violeta em neutra e azul em solução alcalina (básica). Em algumas plantas, as flores mudam de cor após a polinização devido à produção de grandes quantidades de antocianinas, ficando menos distintas para os insetos.

Corante natural presente nas flores e usado comercialmente,
a cianidina

Os flavonóis, outro grupo dos polifenólicos, são comumente encontrados
em folhas e flores. Alguns apresentam pouca cor, mas podem contribuir para os tons de marfim e branco encontrados em certas flores. A quercetina, um flavonol amplamente distribuído, é encontrada na flor do trevo, por exem
plo.



Fonte:Emery ,et al. A Química na Natureza, 2010.